quarta-feira, 19 de outubro de 2016

AO MESTRE COM SAUDADES


Vieste ao mundo cumprir
A missão dada pelo Senhor
Na igreja  foste uma coluna
Que fortalecestes com fervor
Seus ensinamentos foram tremendos
Que tocavam fundo o pecador

Ao lado dos seus amados
Tinha muita dedicação
Um zeloso com as doutrinas
Da eterna salvação
Plantaste uma doce semente
Para colhermos com emoção

Partistes para a Glória
O Santo do Último Dia
Ver a Glória santa de Deus
Que em nosso ser irradia
Seus ensinamentos serão
Uma luz que sempre nos guia.

Israel Batista

A Boyd K. Packer

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

SÓ CAROLINA NÃO VIU


Percebe-se que o povo tem deixado de ser a “Carolina” da música, de mesmo nome, do magnífico e genial Chico Buarque“: O tempo passou na janela só Carolina não viu”. Na verdade o povo tem abandonado a janela numa ânsia inefável de participar e fazer história. Em outros tempos o povo era preso aos ditames e condicionamentos dos coronéis, que ainda hoje procuram sobreviver, sem oxigênio e remando contra a maré.
O povo tem desistido de ser “Carolina” e optado por “fazer acontecer”.
Querer iludir eternamente é uma pretensão patética de idealista. O “vir a ser” tão pontuado pelo grande Heráclito de Éfeso está presente, não somente na natureza, vive incessantemente no meio social desfazendo a busca interminável e sádica dos que sonham em locupletar-se, eternamente, com as benesses palacianas.
Pensar que é possível dominar e explorar – sem a contestação das ruas - é no mínimo coisa de gente doente; nem o Dr. Freud conseguiria explicar, jamais Jung, muito menos Lacan.
Aquele que teve a sua vez e não soube fazer, negando-se a atender os anseios populares, será negado, na mesma proporção do mal provocado. Mas aquele que chegou ao poder e dele fez um caminho para o progresso criando oportunidades para o crescimento, a esse, sim, o povo não esquecerá e será sempre solidário.
E não adianta ir contra a vontade das ruas. Querer olhar a história, a partir da janela, sem buscar compreender as demandas populares e sentir os anseios das mulheres e homens que constroem o país, o estado, o nosso município, volto a dizer é coisa de gente doente, alienada... É coisa da Nostálgica Carolina.
Caso queira que o povo mude em relação a você, urge que mude também em relação às pessoas. Querer o outro como o resultado das suas ordens e ambições absurdas é a demência de ditador.
A história deve servir de exemplo e de referencial no momento do nosso voto.
Quando o povo escolheu Zé Hélder para prefeito de Várzea Alegre, o fez com base nas ações, com base nas obras, que foram realizadas a partir de 2005. O nosso futuro prefeito discursou, proferiu palavras, mas sempre direcionados para os olhos e não apenas para os ouvidos. Estar atento aos olhos é preocupar-se com o fazer. E os discursos voltados para a melhoria da educação, saúde, ação social, cultura, infraestrutura se materializaram, colocando a administração de Zé Hélder como aquela que, inquestionavelmente se preocupa com os destinos e bem-estar do povo de Várzea Alegre e, sendo por isso, várias vezes premiadas: dois Selos Unicef, cinco selos verde, entre muitos outros. Não perceber esta realidade é repetir o papel de Carolina.
Zé Hélder ganhou a eleição com ampla maioria, não ofendeu, não apontou defeitos, apenas disse o que o povo queria ouvir: FAZER VÁRZEA ALEGRE FELIZ DE NOVO.
Compreendo que as ações voltadas para denegrir, perseguir e prejudicar o outro podem funcionar, mas para denegrir e prejudicar os seus autores. O ódio, o ressentimento, a calúnia não geram vitória. Esta é o resultado da sapiência somada a muito trabalho, apego ao outro e amor ao semelhante. Quem venceu distante desta perspectiva, logo, logo conheceu o sabor amargo da sua vitória.
O povo é inteligente e não quer dar o poder àqueles que um dia abusaram dele.
Numa entrevista para conseguir emprego, se você demonstrar que é uma pessoa carregada de ódio e ressentimentos; de uma coisa tenha certeza: você passará a compor a estatística dos desempregados.
Sempre, na passagem do ano, desejamos aos amigos e irmãos o conhecido “feliz ano novo” e ainda não conseguimos torná-lo novo no sentido da renovação das nossas atitudes.
Colocar-se no lugar do outro em todos os momentos do nosso agir é lição de sabedoria. Nunca é tarde...Mas é necessário dar o primeiro passo.
Não permita que a vida passe e você apenas, da janela, assistindo admirado sem saber os porquês das pessoas e dos fatos.
Forte abraço!
Dagoberto Diniz