Venho nesse meu cordel
Oh Deus onipotente
Com meus versos ligeiros
Pois sinto ser coerente
Vovó quero descrever
Nesse momento presente.
Treze do século vinte
Foi o seu choro primeiro
Por ordem de Jesus Cristo
Nosso redentor pioneiro
Em cumprir seus desígnios
Servi seu próximo ligeiro
Dos filhos que criou
Somente um sobreviveu
O educou com desvelo
Como sendo filho seu
Muito tempo depois
Dois netos lhes deu
Foi um momento feliz
Usou seus conhecimentos
Educou podemos perceber
Que usou no momento
Dois netos nasceu
Sorrisos voou no vento
Setembro foi o mês
Que busco sempre esquecer
Deus levou como prometido
E deixou-me sofrer
Pois o tempo voou ligeiro
Sem ninguém se quer
perceber
O seu meigo sorriso
Preciso no meu viver
Estou sentindo dores
E meu peito entristecer
Tudo isso só por que
Vovó veio morrer
Vovó espero ver você
Vindo ver-me vencer
Vou vivendo de versejo
Sofrendo sem poder me
conter
Foste viver com Deus
Deixou-me num vil sofrer
Hoje sigo sozinho
Vivendo de sofrimento
Sem vovó comigo
Sofro um tormento
No céu terei o encontro
Que espero no momento
Foi quem cuidou de mim
Com todo o fervor
Seu jeito meigo e doce
Cheio de muito esplendor
Despedi de você foi duro
Foi um momento de dor
Eu lhe digo que sofro
Como é triste e cruel
Rezo sempre por você
E testifico nesse cordel
Serei sempre seu neto
Que por ti fui fiel
Nesse momento presente
Sofro nesse meu viver
Seu povo sente muito
Foi dolorido pode crer
Jesus com seu efeito
Veio nos socorrer
Flor de muito cheiro
Com seu jeito singelo
Embelezou meu mundo
Por isso seu nome velo
Foste o meu exemplo
E seu nome sempre zelo
Me perdoe ó vovó
Se te fiz sofrer
Fico remoendo isso
É triste o meu viver
Pois nesse meu silêncio
Espero ouvir você
responder
Sei que isso é impossível
Choro e me desespero
Um beijo em seu rosto
Isso eu muito espero
Vovó e eu bem juntinhos
É tudo que eu quero
Termino esse cordel
Consciente e bem feliz
Esse foi o meu propósito
E o meu ser é quem diz
Vovó o nosso encontro
É tudo que sempre quis.
Israel Batista
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