Sou a filha da dor das madrugadas,
Vejo à noite o que ao dia ninguém ver.
De manhã observo o sol nascer
Sob a cama das ruas, nas calçadas.
Vejo à noite o que ao dia ninguém ver.
De manhã observo o sol nascer
Sob a cama das ruas, nas calçadas.
Minhas partes íntimas machucadas...
São feridas morais por eu saber,
Que elas foram tocadas sem prazer,
Sem respeito também foram largadas.
São feridas morais por eu saber,
Que elas foram tocadas sem prazer,
Sem respeito também foram largadas.
Lá em casa é ‘um entra de homem e sai’,
Nenhum deles, esposo nem o pai,
Mas eu sou deles todos, uma trilha.
Nenhum deles, esposo nem o pai,
Mas eu sou deles todos, uma trilha.
Nessa vida de tanto sofrimento,
Só me sirvo pros homens, de alimento,
Pra poder dá comida a minha filha.
Só me sirvo pros homens, de alimento,
Pra poder dá comida a minha filha.
Lucas Rafael
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