sábado, 31 de dezembro de 2016

DESAFIOS À VISTA


Termina hoje mais um ano do calendário gregoriano. Muitos não tiveram a ventura de vê-lo até o fim. Os que resistimos, por razões que só Deus explica, já nos preparamos para comemorar o grande feito. Sim, porque não deixa de ser um triunfo. Escapar da morte, em meio a todas as turbulências da vida moderna, é um triunfo.
2016 foi turbulento demais. A celebração de hoje nos remete a recordações nada lisonjeiras. Talvez, por isto, queiramos um momento de amnésia. Uma trégua para o nosso coração que vive cansado de tanta amargura. Um momento de explosão da nossa própria alma, que já não suporta o vazio e a falta de perspectivas.
A criatura humana nasceu para sonhar. No seio de da sonho há sempre um anseio de felicidade. Um projeto de ternura e de boas realizações. O balanço do fim do ano é, quase sempre, negativo. Revela que não fomos suficientemente solidários. Por isto, crescem a desunião e os desajustes.
As vaidades vão ocupando todos os espaços do mundo e produzem efeitos tão devastadores, que fazem forte o império do superficial e do medíocre. Um processo de inversão de valores ganha corpo e se instala nos Poderes da Nação e hajam governantes sem noção e sem caráter.
Os dramas vividos pelo mundo e, particularmente, pelo nosso Brasil estão criando uma geração de neuróticos e um bolsão de miseráveis que já não sabem raciocinar, porque perdem o presente, tolhidos completamente pela angústia da incerteza com relação ao futuro.
É assim que nos preparamos para a grande noite. A noite de hoje. O réveillon. A ordem é afogar as mágoas e esquecer tudo. Sorrir, cantar, dançar e brincar a vontade. Porque, depois, logo amanhã, chega um novo ano.
Voltam todas as mazelas e temos que estar com as baterias suficientes recarregadas, para uma grande cruzada de luta e de sacrifícios. A esperança contudo, continua. Os sonhos não podem cessar. E a esperança é a última que morre.

Tibúrcio Bezerra de Morais Neto

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