domingo, 8 de maio de 2016

SONETO AS MÃES


No seio da tua alma me teceste,
O fruto da paixão, feito com amor,
Pergunta o coração: E quem é este,
Que nasce da semente entre a dor?

Sou eu, o filho que nasceu ao mundo,
Respondo com ternura e gratidão,
E a vida devo a este ser fecundo,
Que me aceitou sem contracepção!

Quem sabe se eu seria um aborto,
O crime de um simples egoísmo?
Aqui eu estou contando a história!

Sou filho vivo e não um natimorto,
E a minha mãe eu devo o heroísmo,
De me fazer nascer, isto é vitória!

Soneto de Malume (Manoel Lúcio de Medeiros).
Fortaleza – Ceará – Brasil..
Direitos autorais reservados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário