Eu sou uma caraibeira plantada em um parque no centro da cidade de Floresta, no Sertão de Pernambuco. Ao longo de anos resisti à seca que castiga o nordeste brasileiro. Tenho mais de 50 anos, mas poderia viver bem mais do que isso se não fosse a opressão dos homens contra mim.
Não sou de desistir tão fácil. Apesar disso, aguentar marretadas, pisadas e até “banho de óleo de motor” não é brincadeira. A minha sombra atrai turistas e viajantes que passam pela cidade. O amarelo das minhas flores encanta quem passa por mim.
É uma pena ver minhas companheiras partirem desse mundo tão cedo. Algo está acontecendo com a minha espécie, mas parece que ninguém vê. Até quando vão fingir que está tudo bem? Até quando vão passar por mim e virar a cara? Quando vão tomar para si a responsabilidade de cuidar e revitalizar o que é seu?
Este é um desabafo e uma direta para os responsáveis por este bem natural da cidade: os florestanos.
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